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Mesmo com queda de usuários, Pokemon Go bate recorde e ainda pode ser oportunidade para empresários

  • Foto do escritor: Guylherme Carvalho
    Guylherme Carvalho
  • 20 de nov. de 2016
  • 4 min de leitura

Segundo estudo de agosto do site Apptopia, que analisa as tendências do mercado mobile, Pokemon Go já perdeu cerca de 33% de usuários ativos e o engajamento dos mesmos têm diminuído drasticamente. Contudo, a empresa Apps App Annie, responsável pela análise de dados do mercado financeiro, indicou que Pokémon Go alcançou US$ 600 milhões em apenas 3 meses, algo como US$ 6,66 milhões arrecadados por dia, superando o jogo Candy Crush, que precisou de 200 dias para alcançar esse valor.

Mesmo com grandes prós e contras, muitos empresários ao redor do mundo identificaram novas oportunidades de negócios com o lançamento de Pokemon Go. O jogo, que permite capturar monstrinhos famosos do desenho “Pokemon”, possui uma ligação com o GPS, fazendo com que o usuário realmente precisa andar para caçar novos pokémons. Uma forma de reabastecer seu inventário com itens novos é passar por uma “Pokéstop”, e vários desses pontos ficam próximos a restaurantes, bares e redes varejistas. Jeffrey Kaune, gerente geral de um restaurante chamado Bremerton Bar & Grill, em Washington (USA), disse em uma entrevista para a Forbes que “gostaria de ter percebido a oportunidade um pouco mais rápido” e que nas primeiras 48 horas depois do lançamento do jogo, eles perceberam que muitas pessoas iam até o restaurante por causa de pokéstops próximas e do Wi-fi gratuito disponível, mas que os jogadores também estavam consumindo, aumentando drasticamente a clientela do restaurante.

E não foi só Kauney que percebeu que poderia ter um lucro maior com o grande lançamento da Niantic, confira a galeria de fotos abaixo com publicidades e promoções de estabelecimentos ao redor do mundo:

A última imagem da galeria acima é do Beto Carrero World, famoso parque de diversão localizado em Santa Catarina, no Brasil. E a grande questão é: será que no Brasil, os empreendedores estão interessados em investir nessa oportunidade, e mais importante, os jogadores estariam interessados em parar nesses estabelecimentos para jogar?

Segunda uma pesquisa realizada pelo site degamerparagamer com 50 jogadores ativos de Pokémon Go da cidade do Rio de Janeiro, somente 30% estariam realmente interessados em parar em algum local com o objetivo de aproveitar pokéstops próximos a restaurantes e bares, e promoções dos mesmos relacionados com Pokemon Go.

Para os outros 70% dos entrevistados, lures (itens que podem ser colocados nas pokéstops para atrair pokémons) e pokestops próximos a restaurantes são bem vindos, mas não são o foco. Lucas Fragoso, estudante de Computação da PUC RJ, diz ser um fã de Pokemon desde criança, e que ficou muito animado com o lançamento de Pokemon Go e mesmo com a queda de usuários, ainda joga diariamente mas dificilmente escolhe restaurantes por casa de Pokestops.

“Talvez eu tenha escolhido um restaurante 2 vezes por causa de uma Pokestop, mas só porque eu queria dar uma olhada nos geral nos meus pokémons, nos ovos, coisas assim. Para ser sincero, tem alguns bares perto de onde eu moro que tem algumas pokestops, e como sempre reúne uma galera, sempre tem Lure por lá. Eu costumo chamar os meus amigos mais pro final de semana para em algum desses bares; não com o objetivo de ficar lá para procurar pokémons, mas isso acaba sendo um a mais na conversa, quando ficamos sem assunto ou coisa do tipo”

Pelo outro lado da moeda, conversamos sobre oportunidades de negócios de Pokemon Go com Edson Filipe, um dos sócios do restaurante L’inox, no centro do Rio de Janeiro. Edson só ficou sabendo do lançamento do Pokémon Go por causa de seu filho, que comentou que existia uma Pokestop, literalmente, dentro do seu restaurante. Afirma ainda que não teve muito tempo para avaliar a oportunidade, e com ajuda do filho, algumas vezes coloca lures nessa pokestop. Contudo, não avaliou se lucrou com essa ação. “Mas para dar uma resposta mais concreta, por alto, eu realmente acho que não seria um método muito bom para meu negócio, porque as pessoas passam mais tempo comendo do que qualquer outra coisa. Isso deve funcionar melhor com um bar ou em algum lugar que as pessoas fiquem mais tempo, entre amigos”, afirmou.

Fonte: Benjamin Leatherman

Recentemente, a empresa produtora do jogo, que está sempre lançando novas atualizações para trazer de volta usuários antigos e novos jogadores, pode estar lançar uma importante atualização em dezembro que permitiria a batalha entre jogadores e a troca de Pokemons, dois tópicos muito criticados pelos fãs, que esperavam que essas funcionalidades já estivessem prontas desde o lançamento do jogo.

John Oliveira, professor e desenvolvedor de games pela escola Red Zero, explica um pouco de porque empresários brasileiros não enxergam muitas possibilidades lucrativas com o jogo e qual a causa do grande declínio de usuários.

“Posso estar enganado, mas entendo que muitos dos empresários brasileiros, ou principalmente aqueles que já possuem um negócio estável, são pessoas que não conhecem Pokemon e não se interessam muito por jogos no geral. Em resumo, acho que muitos empresários brasileiros não têm conhecimento de possibilidades inovadoras do século 21, pois construíram o seu negócio quase sem a utilização da internet. Empreendedores jovens, com até 30 anos, parecem enxergar melhor essas oportunidades pois cresceram em meio a tecnologia e jogos.”

“A queda de usuários já era esperada, mas foi afetada pela dificuldade da produtora em manter os jogadores interessados. Troca de pokemons, batalha entre jogadores, adição de Pokemons das novas gerações; todos esses itens, ao meu ver, já deveriam estar no jogo desde o começo. Quando você limita as possibilidades dos usuários, é normal que você perca o interesse.”

Para encerrar, Oliveira diz que o gigante número de downloads iniciais do jogo fizeram com que o jogo não tenha sofrido tanto com a perda dos jogadores nos meses seguintes. Acredita também que a adição de grandes novas funcionalidades e de Pokemons novos vai fazer com que o número de jogadores ativos cresça consideravelmente, mas que a Niantic não pode esperar muito tempo para liberar grandes atualizações.

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